Thursday, October 12, 2006

Caio Costa fala sobre o Instituto Poranduba

fora do eixo
Caio Costa fala sobre o Instituto Poranduba

por Kleber Almeida
da Imprensa EC



loja da Poranduba

Eae cambada, essa semana temos uma matéria sobre o Instituto Poranduba com direito a informações cedidas por um dos idealizadores o Caio Costa(chique, eu sei). Pra quem não sabe, Caio já fez parte do Espaço Cubo e foi ele o cara por trás do nome Festival Calango. Sim, ele mesmo!

Agora que ele ta lá pras banda de Sum Paulo tem continuado com um trabalho cultural muito bem feito com o Instituto Poranduba, sobre a saída do mesmo de Cuiabá ele comenta “Não sai apenas por causa do aspecto profissional, muito da minha saída estava relacionada a outras questões pessoais, mas enfim, na região que me encontro reside todo minha família e outros amigos”.

Conta também que não tinha como objetivo fundar o Poranduba e nem mesmo mexer com o setor cultural. “Meu objetivo não era continuar atuando no setor cultural, era atuar na publicidade, pois sou formado na área, mas não agüentei, na primeira oportunidade fui voltando aplicar toda meu aprendizado dentro da mobilização cultural, o que foi ótimo, porque me encontro muito bem hoje, as idéias estão sendo bem aceitas e o projeto avança de forma muito rápida, não imaginaria que pudéssemos alcançar tal estrutura em tão pouco tempo”.

O Caio faz parte também do peqeno mudo (http://www.peqenomudo.net), que é um ótimo e-zine, organizado inclusive pelos caras da banda Unknown Project (que já falou em uma entrevista aqui, procure nos arquivos se quiser saber mais!), enquanto o Poranduba não tem um site você pode acessar o fotolog (www.fotolog.com/poranduba) ou até o peqeno mudo, que lá tu se informa um pouco.



Sobre o fato do Poranduba ainda o futuro site pra divulgação/informações (o que é muito importante hoje em dia) e novos projetos do Instituto o Caio afirma: “estamos em um processo de fusão, o Poranduba está fundindo com outro grupo chamado Blef, que na verdade está virando um selo, os caras organizavam eventos e nós também, e por isso não lançamos um site informativo ainda, temos o peqeno mudo, que na verdade tem um cunho mais cultural artístico, e não jornalístico cultural”

E pra quem ainda não percebeu o Caio é um grandessíssimo apaixonado pela arte e pela cultura (verdade, pode confiar, eu agarantio!) prova isso fazendo o bom trabalho que faz. Quando questionado sobre os tipos de arte que os eventos com o selo Poranduba de qualidade oferece ele diz “Não organizamos apenas eventos com bandas, atuamos na produção de peças teatrais, montagem de exposições, organizamos um e-zine (abordagem literária), nos eventos com bandas organizamos workshop (qualificação), estaremos agora em novembro organizando um fórum de produtores alinhado as diretrizes discutidas no fora do eixo, acreditamos que podemos fazer política não partidária através das ferramentas artísticas”.

E sobre fazer política não partidária ele continua “Acreditamos que através desse mecanismo podemos politizar, por exemplo, podemos qualificar, podemos aplicar a construção da cidadania, é lógico que o efeito perfeito depende de outras "peças" da engrenagem social funcionando bem, por isso atuamos no Fórum de Cultura (mais um exemplo) para pressionar outras ferramentas fundamentais para resultado nosso trabalho”.

Agora o assunto sendo direcionado a estrela do momento o tal do fora do eixo, já famigerado circuito que anda rodando pelo Brasil e que tem como idealizador o fulano Pablo Capilé (grande Pablito) e o instituto Espaço Cubo com apoio de outros produtores independentes da maioria dos estados do Brasil.

Essa conversa vai para algo muito importante que vai rolar para o circuito fora do eixo e para a maioria das bandas que fazem parte do mesmo, o Fórum Fora do Eixo, e sobre o assuntos a serem discutidos Caio dá umas palavras “fora do eixo para grande maioria das cidades do interior paulista ainda é novidade, poucas tiveram acesso, a nosso proposta é estreitar os pontos discutidos e tentar fomentar a proposta nessa região tão populosa e economicamente forte, temos a possibilidade de atrair novos agentes, ampliar a circulação dos projetos, o que queremos também fortalecer o interior através de uma rede de comunicação eficiente, se sonha muito com a capital, acho bacana pensar em São Paulo capital, mas se pensarmos nas cidades do interior teremos uma outra grande oportunidade!


estúdio Poranduba

Teremos representantes do Alto Tietê inteiro (10 municípios) mais São José dos Campos, Cruzeiros, Piquete, Taubaté, Jaú, Campinas, Bauru, Riberão Preto. Entre outras ainda não confirmadas”.

Matéria indo parar em um assunto bem distante, mas que não poderia deixar de ser perguntado (curiosidade!) ao Caio, é a origem do nome Festival Calango, afinal foi ele o pensador do nome, e ele fala “O Calango na época que foi criado tinha objetivo remeter algum elemento da região. E o que mais tem em Cuiabá são calangos pelos muros e pés de mangueira(risadas). Mas acho que o amadurecimento do Calango em 2006 signifique mais que o próprio nome! Adorei as bandas, muito bem definidas!”

Já que o calango “amadureceu” que tal mudar o nome pra Jacaré, hein Pablito!? (paia, sei, desisto da vida de comediante).

Voltando ao assunto da conversa que era o Poranduba, perguntei ao Caio sobre a tal fusão citada no começo da conversa com a Blef ele comenta que “A fusão inicialmente funciona como uma “cooperativa informal”. Alugamos um grande espaço no centro e dividimos os custos, cada qual tem sua independência administrativa, mas os novos projetos estão sendo todos pensados em parceria, por isso digo que evolui para uma fusão”



Nesse espaço do centro o mesmo diz que se tem “uma loja de conveniência musical, uma estamparia que realiza trabalhos para bandas, um escritório para produção e elaboração de eventos, dois estúdios, sendo um de gravação e outro de ensaio, temos um escritório para atendimento, para fechar contratos e coisas do gênero!”.

Sobre shows e eventos próximos Caio avisa para quem está atento (e até quem não está) “teremos uma pequena ação no dia 22 de outubro com Vanguart, mas isso será para 100 pessoas, na seqüência teremos o Novembro Independente, com 32 bandas, 2 palcos e 2 dias, direi que nas proporções do Grito Rock, com uma mostra de vídeo independente no local, uma feira mix, com selos, editoras independentes”.

E como aqui no cubo nós temos o Próxima Cena que é a nossa parte do audiovisual, questionei ele sobre essa “parte” do Poranduba “Estamos caminhando bem, em breve estaremos com um pólo de produção audiovisual, objetivo que até o fim do ano tenhamos uma máquina boa e uma câmera profissional para atender o setor. Nosso grupo tem profissionais como animadores, técnicos de áudio, comunicadores, sociólogos e agora captadores”.

Pois é gente daqui fazendo bonito lá, sorte para o Caio e para todos do Poranduba, mantenham-se informados. Abraços por trás pra todo mundo.

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