Monday, December 11, 2006

Presente e futuro! As Princesinhas do indie cuiabano falam.

por Marielle Ramires
da Imprensa EC



Sai Sarah, primeira vocalista da banda, e a polêmica se instaura. Foi preciso paciência para explicar ao público que rumos a banda queria seguir. Episódio superado, entra Mariana, ex-Revoltz. Foram poucas as apresentações e novamente vocalista se foi. Agora em novo momento, as princesinhas do indie se valem da máxima “depois da tempestade vem a bonança”. Depois que Issaaf Karhawi, até então baixista, assumiu o vocal, fazendo com que a “cozinha” assumisse de vez os destinos da banda, vislumbraram um novo horizonte.

Agora, com a “casa arrumada” e em pleno processo de gravina, as garotas mostraram que as boas novas estão apenas começando, e em entrevista à Imprensa EC, falaram sobre a primeira colocação para a 5ª edição do Rock Feminino, além de tecerem leituras sobre o hoje e o amanhã da banda.



Imprensa EC: Quando vai ser o festival? Não encontrei essa informação no site.
Issaaf: Então, não tem data certa ainda. Sei que será em março e só também. Adicionei a organizadora, depois passo essa informação, se ela já tiver.


Imprensa EC: Conta um pouco como foi a inscrição pro festival. Quando ficaram sabendo?
Issaaf: Primeiro a Mariana (sim, faz um tempão) nos cadastrou no site. Mas não era pro festival nem nada, só porque o portal abria esse espaço pra divulgação mesmo. Então no mês passado chegou um e-mail pra gente avisando que as inscrições pro festival em si já estavam abertas. Enviamos uma música do antigo EP, You-Love, já que as em português ainda não estão prontas. E deu no que deu. A curadoria tinha 15 pessoas, se não me engano - jornalistas, produtores e afins. E ficamos em primeiro na nossa categoria "Alternativo" (e punk e hardocre, mas não vem ao caso) risos.


Imprensa EC: Qual era a expectativa de vocês quando enviaram o material?
Issaaf: Então, nós enviamos material no ano passado pra tocar no festival desse ano. Mas nos inscrevemos na categoria "Indie" uma das que mais chegam bandas, e ficamos em quinto lugar, nossa música foi pro cd do evento, mas não fomos pro festival (já que só as duas de cada categoria vão). Daí esse ano decidimos trocar a categoria, colocar "alternativo" e até a organizadora disse que os juris acharam melhor assim mesmo (quando ouviram no ano passado). E enfim... estávamos confiantes, dessa vez. Até porque no mês passado as meninas do site divulgaram uma matéria sobre a gente e ouviram boatos do nosso show no Calango, troca de integrantes e tudo o mais. Se informaram.

Imprensa EC: O que você acha de iniciativas como a do festival, em promover políticas afirmativas para a mulher no rock?
Issaaf: Mesmo sendo uma banda feminina mas não feminista (ui!) não tem como negar que o lance do festival pra mulheres é bacana demais! Afinal, mostrar que tem tanto homem quanto mulher tocando é necessário. Tem gente que finge não ver, né? (Se bem que agora com a Pitty, Leela, Luxúria, O Canto dos não-sei-quem, banda com guria é indie, né?) risos.

Mas legal é ler, por exemplo, o depoimento dos jurados dizendo que não desconheciam muitas das bandas e nem imaginavam quantas meninas tocavam por esse mundão. e rá! Estamos no meio!


Imprensa EC: A banda passou por essas mudanças todas e tal, e agora segue firme.. Como um fato como este vai se refletir no rumos da banda? Vocês já ponderaram isso?
Issaaf: A princípio ele acaba dando muito mais estabilidade e confiança. E depois dele, muito mais shows e possibilidades de viagens, divulgações e enfim. Não pensamos nisso ainda. Só queremos estampar a nossa nova cara Brasil afora, fazendo bonito. Temos que sair do estágio banda quase-de-garagem tocando todo final de semana na cidade natal. Acho que estamos no nível. Chegamos no nível.

Imprensa EC: E quais estratégias vocês estão se munindo pra atingir esse objetivo?
Issaaf: Ensaio, ensaio, ensaio. Tem semana que todos os dias, às vezes, uma vez só três horas. Enquanto não temos material nem nada pra mostrar temos que preparar algo bacana no palco. Coisa nova! E depois sim, distribuir material e todo esse processo.

Imprensa EC: Alguma vez durante este ano vocês pensaram em dissolver a banda? como encararam esse processo?
Issaaf: Centenas de vezes! E encaramos com desespero absurdo! (risos). É inevitável... Poxa, trocamos de vocalista duas vezes, ficamos meses e meses sem fazer shows, sem material. Tudo coloca pra baixo. MAS pra desgosto de muitos: we'll never give up! E somos novas demais nesse mundo do roque, tanto em estrada, quanto em certidão de nascimento mesmo. Dá pra quebrar a cara bastante antes de seguir um caminho à lá Vangs, por exemplo.

Imprensa EC: E planos pro ano que vem? O que estão armando?
Issaaf: Hmm. Estamos torcendo pra rolar de irmos pro festival mesmo. E daí com tudo certinho, quero marcar shows em Mogi e São Paulo - capital. Pra não perder a viagem, né? E já tocamos lá, acho que fica mais fácil. E vamos preparar um show pro começo do ano que vem bem bacana, num lugar bacana e enfim. Segredo! hahaha

Imprensa EC: Conta!
Issaaf: Quando tiver mais coisas acertadas conto!

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