Wednesday, January 30, 2008

Grito Boa Vista potencializa Coletivo


Manoel, em apresentação do Mr. Jungle
foto: Renato Reis


Manoel Vilas Boas é um dos criadores do Coletivo Tomarrock, que é quem movimenta a cena em Roraima. Também músico, é vocalista da banda Mr. Jungle, que se apresenta no Grito Rock Cuiabá - também se apresentaram no Calango do ano passado. Inclusive, segundo o próprio Manoel, as viagens do Mr.Jungle contribuíram com a mudança de mentalidade das bandas de Boa Vista, que estão buscando cada vez mais lançar os próprios materiais e correr atrás de circulação e integração. Além do Grito Rock Boa Vista, o Coletivo Tomarrock realiza outras ações durante o ano, como o Tomarrock na praça, Tomarrock na escola, e o Tomarrock na Estrada. Sem dúvida é um dos coletivos que devem crescer bastante e se agregar com os demais do Circuito nesse ano. Enfim, conheça mais sobre o Coletivo Tomarrock e o Grito Rock Boa Vista na entrevista abaixo:


oq representa para boa vista participar de um evento integrado internacionalmente?
Representa passar a existir de verdade. Estamos nos organizando. Criamos o TomaRRock, nosso coletivo, para poder representar as bandas e produzir eventos para que as bandas possam mostrar seus trabalhos e criar um público aqui, acostumado com covers. E poder participar do maior Festival de Música independente da América latina é a maior oportunidade para as bandas e também do público de se inserir “nesse mundo independente”. Nosso evento será bem produzido e esperamos o melhor.

Uma das vantagens do grito integrado é a possibilidade maior que as bandas têm de circular, passando por vários "gritos", conforme a articulação. Como tá o clima aí com as bandas de boa vista? quais delas querem e tem condição de circular?
Com as viagens do Mr Jungle em 2006 e 2007, várias bandas mudaram a mentalidade e outras surgiram já com o intuito de se integrar e se articular e isso já está rendendo, pois várias bandas de Boa Vista vão participar de outros gritos. Sheep e Somero participarão do Grito Rock Manaus, Veludo Branco do Grito Rock Rio Branco, Several Bulldogs do Grito Rock Vilhena e o Mr Jungle do Grito Rock Cuiabá. Outras estão se preparando pra lançar seus singles e EPs e quem sabe poder circular e se integrar cada vez mais.

nota do Cubo: o Mr Jungle toca no Grito Rock Cuiabá no domingo, às 23:20h.

Em Cuiabá, pela segunda vez no ano o Grito Rock acontece integrado ao carnaval multicultural da prefeitura. Houve alguma visualização por parte do poder público para com o grito em boa vista?
A Prefeitura de Boa Vista sempre apoiou os eventos organizados pelo Mr Jungle e agora do TomaRRock. Vejo que ainda falta visão por parte dos políticos de entender que os eventos vêm pra somar e não competir com outros eventos, pois é uma opção saudável e muito bem organizada para a população. Já temos o TomaRRock na praça, que leva o som das bandas e integra grafite e skate para as praças da cidade e estamos fechando um acordo para que continue esse ano. Além disso, o TomaRRock na Escola e o TomaRRock na Estrada levarão cultura para, respectivamente, as escolas da capital e para as cidades do interior do estado. Mas sempre é uma luta pra conseguirmos aprovar esses projetos e sabemos que será sempre assim, mas que os bons resultados não podem ser negados.

Em Cuiabá, dois dos métodos de escolha das bandas se basearam em cotas para coletivos culturais (como Volume, Instituto Mandala e Espaço Atômico), além de prévias classificatórias com bandas novas. Quais foram os critérios de seleção do Grito por aí?
Como somos um estado bem pequeno, temos poucas bandas com reais condições de participar com qualidade dos eventos e ainda estamos requisitando as bandas através de um histórico e por envio de material (mp3, vídeos) para uma seleção. Eu espero que, em algum tempo, teremos uma maior quantidade de matéria prima e poderemos selecionar e ter uma qualidade ainda maior. As bandas que participarão do grito serão todas de muita qualidade e de estilos variados. Já ouvi algumas reclamações de bandas que ficaram de fora, mas explico que essas mesmas precisam se organizar muito ainda pra participar e que isso é fundamental pro sucesso do nosso movimento.

Uma das principais características do Grito Rock integrado é a possibilidade de circulação e intercâmbio de bandas, jornalistas, produtores e demais agentes envolvidos. Como vai se dar esse intercâmbio aí de Roraima com outros estados da região?
Infelizmente não poderemos trazer ninguém, pois trabalhamos com verba zero e só com apoio, mas sabemos que esse intercâmbio de profissionais que atuam nos eventos é fundamental para expandir o horizonte das pessoas envolvidas, consolidação das ações realizadas e atrair profissionais locais pra participar.

Algo que queira acrescentar?
O TomaRRock tende a crescer e sempre estará tentando aprender, crescer e somar com outros coletivos e com o movimento. E como músico, espero um show bem quente do MR JUNGLE na Hell City. Podem esperar.
Rock n’ Roll, Babe.

Monday, January 28, 2008

Grito Poa estimula a partipação ativa das bandas


Brawl é também contrabaixista da banda Subtropicais


Leonardo Brawl é o produtor do Grito Rock em uma cidade bem ao sul do país: Porto Alegre. Também músico, é contrabaixista da banda Subtropicais. Brawl enxerga o Grito integrado como "a comunicação plena a favor do crescimento cultural e profissional do rock". Curioso é que, entre os critérios de seleção para bandas locais se apresentarem no Grito Rock Porto Alegre contou muito o fator da participação ativa das bandas no festival. As bandas selecionadas tem a obrigação de participar das reuniões semanais de gestão e organização do evento. Certeza!

Confira essa e outras ações do Grito Rock Porto Alegre na entrevista abaixo:


Ney Hugo - Festival Grito Rock - Inscreva tua banda diz:
oq representa para Porto Alegre participar de um evento integrado internacionalmente?

brawl.o8 | GritoRockPortoAlegre - 1 e 2 fev Manara diz:
significa estar integrando ativamente uma rede que ultrapassa barreiras municipais, estaduais nacionais e até culturais. é a certeza de ver funcionando as mais diversas ferramentas e conceitos de integração que atualmente temos à disposição. é a comunicação plena a favor do crescimento cultural e profissional do segmento musical mundial que é o rock, nas suas mais diversas facetas.

Ney Hugo - Festival Grito Rock - Inscreva tua banda diz:
uma das vantagens do grito integrado é a possibilidade maior que as bandas tem de circular, passando por vários "gritos", conforme a articulação. Como tá o clima aí com as bandas da sua cidade? quais bandas querem e tem condição de circular?

brawl.o8 | GritoRockPortoAlegre - 1 e 2 fev Manara diz:
buenas, em porto alegre estamos priemiramente venendo a barreira da novidade de se ter rock no periodo do carnaval, juntamente com o empenho de fazer as pessoas entenderem que pode dar certo e que já vem funcionando em outros lugares..tb estamos nos articulando com bandas de fora.

na nossa primeira participação neste coletivo, nenhuma banda gaúcha da edição tocará fora do estado mas teremos 4 bandas de outros estados do país (das 14 bandas totais dos dois dias na capital gaucha)

Ney Hugo - Festival Grito Rock - Inscreva tua banda diz:
ja tem aí quais sao as 4 bandas?

brawl.o8 | GritoRockPortoAlegre - 1 e 2 fev Manara diz:
- seychelles(sp capital)
- cabrueira (campina grande - paraiba)
- vilania (sorocaba - SP)
- x maquina (curitiba - parana)

Ney Hugo - Festival Grito Rock - Inscreva tua banda diz:
Em Cuiabá, pela segunda vez no ano o Grito Rock acontece integrado ao carnaval multicultural da prefeitura. Houve alguma visualização por parte do poder público para com o grito na sua cidade?

brawl.o8 | GritoRockPortoAlegre - 1 e 2 fev Manara diz:
não. esta primeira participação da capital gacuha no grito rock não recebeu incentivo(a não ser o apoio na divulgação em alguns veiculos lgiados diretamente a prefeitura e tb ao governo do estado). mas acreditamos que vencidas as dificuldades da realização estreante, as articulação para a proxima edição venham a ter muito mais respaldo.

Ney Hugo - Festival Grito Rock - Inscreva tua banda diz:
Em Cuiabá, dois dos métodos de escolha das bandas se basearam em cotas para coletivos culturais (como Volume, Instituto Mandala e Espaço Atômico), além de prévias classificatórias com bandas novas. Quais foram os critérios de seleção do Grito de sua cidade?

brawl.o8 | GritoRockPortoAlegre - 1 e 2 fev Manara diz:
buenas, acá no rio grande do sul usamos o critério da participação ativa das bandas, aliado ao cumprimento de um edital a ser seguido para efetuar a inscrição da banda.
as bandas tinham que enviar material contendo musicas com qualidade boa(baseada no standart basico de mercado) mais release, foto de divulgação, logotipo e todas as consagrações na mídia e currículo da banda...

após isso os materiais foram avaliados onde as bandas com material mais amador ou muito incompleto ficaram de fora desta edição.. as pré selecionadas votaram nas bandas pré selecionadas que gostariam de ver no festival.. dai sairam as bandas locais.. as 4 bandas de fora foram convidadas.

vale lembrar que as bandas selecionadas tem a obrigação de participar das reuniões semanais de gestão e organização do evento. e falo de participação ativa mesmo.. to delegando funções e as caras saem correndo pra ajudar, afinal, não temos nenhuma produtora ou selo envolvido.. eu mesmo iniciei o processo encabeçando pelo amor ao rock e a música em geral.. a banda Subtropicais abraçou e tratou de inteirar o povo sobre a grandiosidade do movimento do qual estamos de fora

Ney Hugo - Festival Grito Rock - Inscreva tua banda diz:
mas algo que queira ressaltar?

brawl.o8 | GritoRockPortoAlegre - 1 e 2 fev Manara diz:
bah, na realidade só resaltar que achei muito interessante o fato de cada localidade ter autonomia para buscar a melhor maneira de realizar o evento. interessante a troca de experiencias e tb de contatos entre as cidades com mais experiencia e as mais novatas na rede.. isso possibilita manter um bom nivel nas edições brasil e america do sul a fora.

Saturday, January 26, 2008

Grito Rock Londrina impulsiona o independente no Paraná


Marcelo Domingues, fazendo participação especial no show do Macaco Bong
(Calango 2006)
foto: Renato Reis




Marcelo Domingues é produtor integrado ao Circuito Fora do Eixo. Além de produções frequentes em Londrina (com seu empreendimento, a Braço Direito Produções, que atua também como selo e distribuidora), Marcelo é também produtor do Festival Demosul, o maior festival da Região Sul do país. Músico (contrabaixista) o produtor é um dos integrantes da banda Trilobit, sob alcunha, máscara e fantasia do General Urko, o símio extraterrestre. Nessa entrevista, Marcelo Domingues fala da integração entre cidades do Paraná, a parceria da Braço Direito com mais duas produtoras para a produção do Grito Rock Londrina 2008, entre outras coisas. Confira:

1) o que representa para Londrina participar de um evento integrado internacionalmente?

Acho que mais que Londrina, o grito representa o festival da circulação nacional de bandas. É um evento que ao mesmo tempo que integra cidades, coloca suas regiões em consonância fazendo com que as bandas e os produtores se conheçam, troquem tecnologias e informações.

2) uma das vantagens do grito integrado é a possibilidade maior que as bandas tem de circular, passando por vários "gritos", conforme a articulação. Como tá o clima aí com as bandas de Londrina? quais delas querem e tem condição de circular?

Nunca visualizei uma cena local tão disposta a ganhar espaço, público e destaque no cenário como agora. E o Grito veio bem a calhar, saímos do Demo Sul a pouco tempo e a maioria das bandas que tiveram destaque na edição de 2007 circularão nos "Gritos" agora.

Espíritos Zombeteiros tocará em Uberlândia e Goiânia, o Droogies vai pro interior de São Paulo não me lembro a cidade agora. Junkie Bozo e Stereotron tocarão em Maringá e Londrina. o Terra Celta foi convidado pra tocar no Recife...

nota do cubo: tem também o Revoult, de Santa Catarina, que se apresentou no Festival Demosul e vai tocar no Grito Rock Cuiabá, no sábado às 22:20.

3) Em Cuiabá, pela segunda vez no ano o Grito Rock acontece integrado ao carnaval multicultural da prefeitura. Houve alguma visualização por parte do poder público para com o grito em Londrina?

Infelizmente não.

4) Em Cuiabá, dois dos métodos de escolha das bandas foram baseados em cotas para coletivos culturais (como Volume, Instituto Mandala e Espaço Atômico), além de prévias classificatórias com bandas novas. Quais foram os critérios de seleção do Grito por aí?

Este ano estamos trabalhando em formato de coletivo para a realização do Grito. Além da Braço Direito Produções, que organizou o Grito em 2007, este ano foram convidadas mais duas produtoras da cidade, a "Bololoco Produções", que é a produtora responsável pela maioria dos shows Hc e Metal de Londrina, e Locomotiva do Rock que é um informativo impresso, formado por um grupo de "jornalistas rockers" da cidade. Daí definimos o formato e o processo de seleção.

O GRITO LONDRINA será realizado em dois dias e composto por 12 bandas, sendo 6 locais e 6 de fora. Cada produtora ficou responsável em selecionar 4 bandas (2 locais e 2 de fora). O processo de seleção se deu pela inscrição feita em nosso email, onde recebemos material (Mp3, release e foto) de mais de 50 bandas. Já as bandas locais não tiveram que passar por esse processo e cada produtora teve autonomia de escolher as 2 que quizessem.

5) E como tá rolando a integração aí com outros Gritos em outras cidades do Paraná?

Londrina e Maringá estão mais sintonizadas e articuladas nesse processo, até porque são cidades próximas, mas em 2009 pretendemos estender essa integração até Curitiba até porque sabemos que essa pratica de intercâmbio é saudável para a cena cultural de ambas as cidades.

6) Algo que queira acrescentar?

Desejamos sucessos a todos os Gritos do Brasil e da América do Sul, que essa integração se intensifique cada vez mais.

Mais informações sobre a Braço Direito Produções e Festival Demosul podem ser obtidas no site www.bracodireito.com.br.

Friday, January 25, 2008

O Grito que acorda Sorocaba(SP)

por Ney Hugo
Cubo Comunicação





"Sorocaba é umacidade carente de eventos rock n roll". Assim Douglas Alexandre, produtor do Grito Rock Sorocaba(SP), responde à primeira pergunta da entrevista. O fato é que a cidade vive uma nova tentativa de levante da cultura independente através do segmento música rock. A oportunidade de realização de um festival autônomo, porém integrado com dezenas de cidades brasileiras e mais cidades de países como Argentina, Uruguai e Bolívia vem bem a calhar nesse processo de levante. Na entrevista a seguir, Douglas fala sobre a impulsão que o Grito dá a Sorocaba, planos com o poder público para 2009 (em 2008, infelizmente, não rolou), critérios de seleção de bandas, acusações de "panelagem" (como sempre...) e muito mais. Confira abaixo:

1) oq representa para sorocaba participar de um evento integrado internacionalmente?

Sorocaba é uma cidade carente de eventos rock n roll. Nos temos muitas bandas boas, um verdadeiro berço musical, mas hoje em dia, a cena aqui está enfraquecida, as bandas estão dispersas, não há casas de show, nem bares, nem nada, o único lugar disponível, é onde vamos fazer o nosso grito. E vamos com o GRITO, consquistar tudo de novo, a possibilidade de mostrar os trabalhos das bandas p/ o brasilzão, e reconquistar o nosso publico que está se esvaindo. O Grito Promete levantar toda cena sorocaba, e nos fortalecer cada vez mais em nível nacional, queremos ser um grande centro, pras bandas de fora, um lugar onde queiram estar. E isso vamos conseguir abrindo as portas com o GRITO ROCK

2) uma das vantagens do grito integrado é a possibilidade maior que as bandas tem de circular, passando por vários "gritos", conforme a articulação. Como tá o clima aí com as bandas da sorocaba? quais delas querem e tem condição de circular?

Na verdade, “perdemos”, duas ótimas bandas para outros gritos, assim como temos bandas, que tocam em Sorocaba, e em outros gritos também, todas as bandas querem fazer este intercâmbio né? Mas ae, rola uma seleção natural, as bandas que oferecem qualidade para esse intercâmbio, já o estão fazendo. (Biggs, The Name, Vilania) e outras bandas tem um ótimo produto, mas ainda falta um “quezinho” a mais, na divulgação, organização. Falta tratar isso com profissionalismo.

3) Em Cuiabá, pela segunda vez o Grito Rock acontece integrado ao carnaval multicultural da prefeitura. Houve alguma visualização por parte do poder público para com o grito em Sorocaba?

Nós fechamos a utilização da marca muito em cima do fim do ano, eu acho que isso dificultou um pouco as coisas, mas a prefeitura demonstrou interesse em estar junto ao projeto para 2009, que promete ser um super evento, se tornando uma tradição na cidade.

4) Em Cuiabá, dois dos métodos de escolha das bandas se basearam em cotas para coletivos culturais (como Volume, Instituto Mandala e Espaço Atômico), além de prévias classificatórias com bandas novas. Quais foram os critérios de seleção do Grito por aí?

Nós tivemos um bom problema para resolver, foram mais de 100 bandas inscritas, os critérios avaliados foram:
Todo o material enviado (mp3, releases, Vídeos), Vídeos, a Atividade da banda no cenário sorocabano, que acabou pesando mais na escolha final, nós como produção, uma iniciante produção, também buscamos as garantias para que o evento seja um sucesso, com bastante público. Isso acabou gerando uma certa “revolta”, porque na verdade estão na programação as bandas que vem tocando regularmente, o que chamaram de “panela” e algumas de SP, que é aqui perto, e não nos aumentariam os gastos. Como primeiro evento, não tínhamos as condições ideais para oferecer.

5) Algo que queira acrescentar?

Sim, está sendo muito gratificante produzir o GRITO ROCK SOROCABA. Nós como marinheiros de primeira viagem, acertamos em cheio, com o envento, que nos dará muita credibilidade, o GRITO ROCK, está nos abrindo várias portas, fizemos muitos contatos e estamos totalmente felizes.. e nosso trabalho terá um continuidade, e o grito vai nos possibilitar isso..

VALEU GRITO ROCK..

Thursday, January 24, 2008

Grito Vilhena movimenta o interior de Rondônia


Nettu com sua banda Enmou, no Festival Beradeiros(RO)

Você pode ter ouvido falar pouco de Vilhena. Pois fique sabendo que a cidade – situada no interior do estado de Rondônia - vem dando um banho no quesito organização político-cultural. Uma das movimentações que acontecem por lá é a proposta pelo coletivo Vilhena Rock, que á também organizador do Grito Rock Vilhena. Por msn, conversamos com Nettu Regert, responsável pelo Vilhena Rock e, consequentemente, pelo Grito de lá. Na entrevista, Nettu fala das barreiras enfrentadas pelas bandas do interior, apoio do poder público, o polêmico método de seleção de bandas, e até sobre um mal estar causado no setor cultural. Enfim, leia abaixo:

Ney Hugo - Segunda Prévia do Grito - Sábado agora no Misc - Entrada R$ 3,0 diz:
oq representa para Vilhena participar de um evento integrado internacionalmente?

Nettü Regert - Grito Rock Vilhena RO 2008: 09 e 10 de fevereiro! diz:
Para nós representa a troca de informações e tecnologias com outras cidades de outros estados e também de países diferentes. A importância de manter contato com pessoas que estão inseridas em outras realidades é fundamental, até porque nos facilita lidar com o nosso próprio meio, oferecendo visões e alternativas diferentes de atuação.

Ney Hugo - Segunda Prévia do Grito - Sábado agora no Misc - Entrada R$ 3,0 diz:
Uma das vantagens do grito integrado é a possibilidade maior que as bandas tem de circular, passando por vários "gritos", conforme a articulação. Como tá o clima aí com as bandas de Vilhena? quais delas querem e tem condição de circular?

Nettü Regert - Grito Rock Vilhena RO 2008: 09 e 10 de fevereiro! diz:
As bandas de Vilhena têm muita vontade para circularem, mas algumas barreiras têm que ser quebradas. A principal delas é a desmotivação de correr atrás para viabilizar sua circulação. A maioria das bandas locais não tem material gravado e alguns integrantes até tem dificuldades para viajar, de natureza pessoal ou financeira. Bandas como Enmou (a que toco), Cronos, Sistema Oposto, Prysmman e Sub Pop somam condições para representar nossa cidade em outras cenas, mas a maioria para na hora de bancar seus próprios custos. Este ano no Grito decidimos não viajar para nos dedicarmos a outras prioridades e as outras bandas não encontraram boas condições para que pudessem viajar. Mas a circulação é realmente muito importante neste circuito todo.

Ney Hugo - Segunda Prévia do Grito - Sábado agora no Misc - Entrada R$ 3,0 diz:
Em Cuiabá, pela segunda vez no ano o Grito Rock acontece integrado ao carnaval multicultural da prefeitura. Houve alguma visualização por parte do poder público para com o grito em Vilhena?

Nettü Regert - Grito Rock Vilhena RO 2008: 09 e 10 de fevereiro! diz:
Sim, em Vilhena a prefeitura vislumbrou o projeto e destacou a sua importância como intercâmbio cultural e prometeu apoio a atividade.

Ney Hugo - Segunda Prévia do Grito - Sábado agora no Misc - Entrada R$ 3,0 diz:
Em Cuiabá, dois dos métodos de escolha das bandas foram baseados em cotas para coletivos culturais (como Volume, Instituto Mandala e Espaço Atômico), além de prévias classificatórias com bandas novas. Quais foram os critérios de seleção do Grito por aí?

Nettü Regert - Grito Rock Vilhena RO 2008: 09 e 10 de fevereiro! diz:
Em Vilhena adotamos um modelo participativo. Distribuimos cédulas de votação para as bandas locais inscritas (15 no total) e também entre a organização (6 pessoas) e além disso fizemos uma enquete no orkut, onde as bandas mais votadas de cada tópico ganhariam uma indicação para tocar aqui. Cada célula dava o direito de 15 indicações divididas em oito tópicos: "Banda de Cacoal", "Banda de Cuiabá", "Banda de Ji-Paraná", "Banda de Porto Velho", "Banda de Rio Branco", "Banda GERAL", "Bandas de Vilhena" e "Bandas de Vilhena para tocar fora". E as bandas que tivessem mais indicações dentro de cada tópico (somando os votos da organização, bandas locais e orkut) foram selecionadas para tocar aqui. Tem o edital aqui: http://www.orkut.com/CommMsgs.aspx?cmm=24620291&tid=2571217688986952913

Polêmicas a parte acreditamos que atingimos nossos objetivos, pois proporcionou às bandas locais conhecerem as bandas de fora e os votantes na internet puderam apoiar suas bandas favoritas. Como critério principal: AUTONOMIA na escolha.
no total acredito que mais de 500 pesssoas puderam opinar

Ney Hugo - Segunda Prévia do Grito - Sábado agora no Misc - Entrada R$ 3,0 diz:
e como ta a expectativa na cidade? acha que o evento ta conseguindo mexer com a cabeça da gurizada? (publico, bandas, setores da cultura)

Nettü Regert - Grito Rock Vilhena RO 2008: 09 e 10 de fevereiro! diz:
sim, o publico já espera pela realização, as bandas estão se preparando e causamos um certo mal estar no setor da cultura aqui, mas isso entre pessoas que não sabem muito bem o que acontece por aqui.

Ney Hugo - Segunda Prévia do Grito - Sábado agora no Misc - Entrada R$ 3,0 diz:
que tipo de mal estar?

Nettü Regert - Grito Rock Vilhena RO 2008: 09 e 10 de fevereiro! diz:
Quando o Grito aqui foi anunciado muitos questionaram "Rock no carnaval? Só em Vilhena mesmo..."

Ney Hugo - Segunda Prévia do Grito - Sábado agora no Misc - Entrada R$ 3,0 diz:
haha.

Nettü Regert - Grito Rock Vilhena RO 2008: 09 e 10 de fevereiro! diz:
e bateram em cima, dizendo que "não era um evento adequado para data" coisas do tipo.

Saiba mais da movimentação em Vilhena, acessando o blog www.vilhenarockzine.blogspot.com

Tuesday, January 22, 2008

Grito Rock Goiano celebra diversidade de estilos




Pablo Kossa é jornalista, produtor e agitador cultural. Uma espécie de faz tudo da cena da música independente brasileira. Um nato fora do eixo, natural de Goiânia Rock City, onde junto a João Lucas, o Johnnny Suxxx dos Fucking Boys, planeja os rumo da Fósforo Cultural, antiga Fósforo Records, coletivo responsável pela realização do Festival Vaca Amarela, além de diversos projetos culturais, lançamentos de títulos fonográficos, e claro, do Grito Rock Goiânia. Em entrevista concedida à equipe de reportagem do Espaço Cubo, Kossa conta a quantas anda a produção do GR, avalia quais são as bandas goianas preparadas para circular o circuito independente brasileiro, e faz uma breve avaliação sobre o cenário político-cultural goiano. Eis aí.


“Várias e várias bandas da cidade já estão em ponto de bala para tocar e mostrar seu som em outras regiões do País”

“Optamos pela pluralidade estética na curadoria, além de atender aos preceitos do Fora do Eixo. Tem banda de punk rock, hardcore, psicodelismo, hard rock, electro... Enfim, a programação tá bem diversificada”

“Demos continuidade à nossa política de integração do interior do estado com a inclusão da banda Raivosos, de Hidrolândia-GO; colocamos uma banda de hip hop em um horário massa, o Testemunha Ocular”

“Vamos ter intervenções visuais no evento, já fazendo uma aproximação com o pessoal das artes visuais”



Ney Hugo: O que representa para Goiânia participar de um evento integrado internacionalmente?
Pablo Kossa: Para a cidade é super importante e mostra a continuidade e seriedade do trabalho que vem sendo desenvolvido por todos os parceiros do Fora do Eixo. É legal para que o público perceba a integração do trabalho e as perspectivas futuras que são muito boas.


Ney Hugo: Uma das vantagens do Grito Integrado é a possibilidade maior que as bandas têm de circular, passando por vários "gritos", conforme a articulação. Como tá o clima aí com as bandas da Goiânia? Quais delas querem e tem condição de circular?

Pablo Kossa: As bandas de Goiânia estão muito interessadas em tocar nas outras cidades onde vai rolar o Grito Rock. Algumas bandas já estão confirmadas no Grito Rock Brasília, outras de Cuiabá, tem ainda Campo Grande e outras conversas. Várias e várias bandas da cidade já estão em ponto de bala para tocar e mostrar seu som em outras regiões do País.

Ney Hugo: Em Cuiabá, pela segunda vez no ano o Grito Rock acontece integrado ao carnaval multicultural da prefeitura. Houve alguma visualização por parte do poder público para com o grito em Goiânia?
Pablo Kossa: A Prefeitura de Goiânia não tem um projeto desse, que seria interessantíssimo para a cidade. Mas estamos estabelecendo um diálogo interessante com o poder público municipal, por meio da Secretaria de Cultura, e vamos ter sim um apoio para o evento, ainda precisamos afunilar e decidir certinho o que será.

Ney Hugo: Em Cuiabá, dois dos métodos de escolha das bandas se basearam em cotas para coletivos culturais (como Volume, Instituto Mandala e Espaço Atômico), além de prévias classificatórias com bandas novas. Quais foram os critérios de seleção do Grito por aí?
Pablo Kossa: Optamos pela pluralidade estética na curadoria, além de atender aos preceitos do Fora do Eixo. Tem banda de punk rock, hardcore, psicodelismo, hard rock, electro... Enfim, a programação tá bem diversificada. Também demos continuidade à nossa política de integração do interior do estado com a inclusão da banda Raivosos, de Hidrolândia-GO; colocamos uma banda de hip hop em um horário massa, o Testemunha Ocular; e por aí vai.

Ney Hugo: No Grito já vai rolar alguma ação envolvendo outro segmento artístico, caracterizando o "cultural" recentemente agregado ao nome da Fósforo?
Pablo Kossa: Vamos ter intervenções visuais no evento, já fazendo uma aproximação com o pessoal das artes visuais.