Tuesday, February 19, 2008

Inhumas se prepara para o lançamento do Goiaba Rock Clube

por Alfa Canheti
da Cubo Comunicação


Depois do sucesso do Grito Inhumas(GO), bandas, produtores e jornalistas se unem em prol da cena, criando o Coletivo Goiaba Rock Clube. Entrevistei o Dito Donato, idealizador. Ele contou como foi o início da cena em Inhumas (GO), primeiras ações, Grito Rock e o coletivo concebido.


EC: Como aconteceu esse processo de formação de público e de bandas em Inhumas?
Dito Donato: A idéia do festival surgiu em 2004, da vontade de fazer com que no interior goiano também tivesse uma produção e eventos de música independente. Resolvi começar por Inhumas, minha cidade natal. Na época estava retornando a morar na minha cidade de origem. Como os festivais na capital já faziam parte da minha vida, em 2005 achei que era hora de dar início o que estava na minha cabeça. O projeto foi lançado no início de 2005, parcerias foram firmadas e em outubro aconteceu a primeira edição. O resultado não foi o esperado com relação ao número de público, mas satisfatório quanto o envolvimento e participação de interessados em formar bandas e tal. Logo após o término da primeira edição já marcamos a segunda. Foi feito um novo planejamento corrigindo falhas da primeira edição e estabelecido metas. O resultado foi fantástico, consolidamos o evento na cidade bem como no estado. O Goiaba Rock passa a ser o principal festival de música independente do interior goiano.


EC: Como foi organizado o GR Inhumas?
Dito Donato: A programação ficou a seguinte: Antes dos shows, os músicos atletas, puderam participar de atividades esportivas como, futsal e truco.Os shows na ordem foram os seguintes: Ícaros, Big Noise e Macacos Gordos. A grande surpresa da noite foi no show dos Macacos Gordos. O punk rock contagiou uma garotada que até então nunca tinha visto. Foi uma festa só ver a meninada no palco, pulando e dançando sem parar. Teve de tudo e até a tentativa se soltarem a voz. Tudo num clima de muita tranquilidade. O Grito Rock Inhumas foi um festival democrático, esportivo, desafiador e muito divertido. Serviu também como ponto de partida para a criação do coletivo Goiaba Rock Clube bem como a difusão das ações do Circuito Fora do Eixo e o início da criação de nossa moeda complementar, o Goiaba Card.


EC: Então o Grito Rock serviu como incentivo para a criação do coletivo. Conte com ocorreu esse processo.
Dito Donato: Já era hora de ter uma maior organização das bandas e dos que trabalham com música na cidade, daí a idéia de criação do coletivo Goiaba Rock Clube. Estamos passando por um processo que acredito que seja irreversível, que é a expansão da cadeia criativa e produtiva da música local. O Goiaba Rock serviu para incentivar novas bandas, escolas de música, novos festivais e festas na cidade abrirem espaços para bandas. O coletivo servirá também para capitanear novos adeptos bem como difundir nossas ações e moeda complementar que será o Goiaba Card.

Thursday, February 07, 2008

Grito Rock entra de vez no Carnaval do Rio



Jocilene Rocha é produtora carioca, responsável pela edição do Grito Rock na cidade maravilhosa. Jô Rocha, como é mais conhecida, responde também pela Cinnamon, produtora que divulga e faz circular uma série de bandas parceiras, entre elas, a Toa Toa, que se apresentou no Grito Rock Cuiabá e no Festival Demosul (Londrina-PR), no ano de 2007. A realização do Grito Rock esse ano no Rio fez tanto sucesso que Jô Rocha e Pedro de Luna (do Araribóia Rock, seu parceiro de produção) já confirmaram o Grito Rock 2009. Realizaram também um debate durante a tarde que reuniu mais de 50 pessoas para uma discussão em alto nível. O Grito Rock entrou de vez para o calendário da cidade. E estamos falando do Carnaval do Rio de Janeiro. Confira abaixo a entrevista concedida por Jo Rocha:

Ney Hugo diz:
oq representa para o rio participar de um evento integrado internacionalmente?

Jô Rocha - GRITO ROCK RIO 2008 - www.fotolog.com/cinnamon_art diz:
Pra nós, uma grande oportunidade. O barulho que estamos fazendo com divulgação e falando sobre o evento está tendo boa repercussão. E também acordando uma cena que anda meio adormecida.


Ney Hugo diz:
Uma das vantagens do grito integrado é a possibilidade maior que as bandas tem de circular, passando por vários "gritos", conforme a articulação. Como tá o clima aí com as bandas do rio? quais delas querem e tem condição de circular?


Jô Rocha - GRITO ROCK RIO 2008 - www.fotolog.com/cinnamon_art diz:
Aqui no RJ, eu recebi material de quase 270 bandas do Brasil inteiro. Tenho falado com os produtores dos Gritos e eles têm me falado que muitas bandas daqui se inscreveram pelo Brasil afora. Mas tenho a impressão de que são poucas as bandas cariocas que conhecem de fato o esquema dos festivais independentes e das oportunidades que elas têm para se articular num festival desses. Eu vejo ainda uma necessidade muito grande de criar uns encontros aqui no Rio para começar a mostrar essa realidade. Precisamos apresentar ao RJ uma nova visão da cena independente e como ela está se desenvolvendo pelo Brasil. Infelizmente o RJ está caminhando lentamente ainda. Mas eu consigo enxergar uma grande evolução vindo por aí. E um ano de 2008 bastante promissor. Fazer o Grito Rock está nos trazendo a possibilidade de unir os produtores cariocas que vinham trabalhando individualmente.


Ney Hugo diz:
certeza.,. isso é consequencia primordial em gritos

Ney Hugo diz:
Em Cuiabá, pela segunda vez no ano o Grito Rock acontece integrado ao carnaval multicultural da prefeitura. Houve alguma visualização por parte do poder público para com o grito no rio?


Jô Rocha - GRITO ROCK RIO 2008 - www.fotolog.com/cinnamon_art diz:
Ainda não. Por aqui ainda não conseguimos esta visibilidade. Talvez porque ano passado fizemos o Festival na Barra da Tijuca - um bairro muito distante do Centro do Rio e de difícil acesso. É uma região pouco roquenrou. Este ano, escolhemos a Lapa, e a localização está ajudando na campanha de reunir o maior número de pessoas possível para participar. Nós acreditamos que nesta 2ª Edição aqui no RJ, o barulho vai ser maior. A imprensa tem divulgado o festival. E eu tenho certeza que isso de alguma vai chegar ao poder público. Tem ainda a idéia do Debate sobre: "O Futuro da Cena Independente no RJ" . Queremos aproveitar que 2008 é um ano de eleições e neste debate levantar a possibilidade de criar uma carta com propostas para as entidades municipais e os candidatos a prefeito e vereador.


Ney Hugo diz:
Em Cuiabá, dois dos métodos de escolha das bandas se basearam em cotas para coletivos culturais (como Volume, Instituto Mandala e Espaço Atômico), além de prévias classificatórias com bandas novas. Quais foram os critérios de seleção do Grito por aí?


Jô Rocha - GRITO ROCK RIO 2008 - www.fotolog.com/cinnamon_art diz:
Nesta 2ª edição aqui no RJ, não fizemos seletivas. Não daria tempo. Optamos por solicitar o material das bandas interessadas em participar, e fizemos uma seleção. Eu pessoalmente cuidei disso - avaliei a história da bandas, o que vinham fazendo na cena, qualidade musical e por conta do Pedro de Luna, ser co-produtor lançamos a idéia de cotas para Niterói e São Gonçalo. Ele (o Pedro) selecionou 3 bandas, 1 por dia representando Niterói. E de quebra, entre vários materiais que recebemos, ainda selecionei mais 2 de Niterói e São Gonçalo. No fim, 5 vagas para eles, num total de 27 bandas participantes.


Ney Hugo diz:
Fala um pouco mais de como é o processo de produção híbrido entre a cinnamon produções e o arariboia rock. E quem mais entrou de parceiro?

Jô Rocha - GRITO ROCK RIO 2008 - www.fotolog.com/cinnamon_art diz:
A realização do Grito Rock do ano passado foi uma iniciativa minha depois de ver toda a agitação das cidades se integrando e eu não via o RJ se mexer. Na ocasião, vinha mantendo contatos com a produção do Grito Cuiabá, pq a banda que produzo iria tocar lá. Quando decidi fazer o Grito no RJ, convidei o Flavio Petit - produtor do Festival Plugado - de onde saiu a vaga para o Toatoa (a tal banda que produzo) tocar em Cuiabá. Ele aceitou. E então convidei o Pedro de Luna, que sempre desenvolveu um trabalho bem consistente na cena de Niterói. O Pedro seria somente assessor de imprensa. Esse trio se formou ali na 1ª Edição. Desta vez, o Flavio ficou mais ausente por motivos pessoais, e o Pedro me vendo "única" para trabalhar no projeto, se desdobrou entre Assessor de Imprensa, Produtor, criou os flyers, se engajou na batalha para conseguir a confirmação das bandas, mesmo sem cachês para oferecer. E daí, a nossa parceria se firmou de vez. A Cinnamon Produções aposta e acredita no Pedro de Luna, e por conta dele ser um dos idealizadores do Movimento Araribóia, a parceira se torna mais sólida. Eu tenho aprendido bastante com ele.

Ney Hugo - diz:
massa.

Ney Hugo diz:
era isso jo

Jô Rocha - GRITO ROCK RIO 2008 - www.fotolog.com/cinnamon_art diz:
ufa!

Ney Hugo diz:
algo que queira acrescentar?

Jô Rocha - GRITO ROCK RIO 2008 - www.fotolog.com/cinnamon_art diz:
só os agradecimentos, posso?

Ney Hugo diz:
sure

Jô Rocha - GRITO ROCK RIO 2008 - www.fotolog.com/cinnamon_art diz:
Tudo que a gente tem conseguido, tem sido porque acreditamos que se nos unirmos, associarmos, as coisas acontecem. Nosso festival não tem nenhum patrocínio, mas nem por isso deixaremos de realizá-lo com excelência. Portanto, é sempre bom lembrar das pessoas que nos apoiam agrdecendo sempre:

Agradecimentos: Todas as bandas participantes; DJs Terror, Fabiano e Renato Jukebox; Vitor e Érico (Tioyama); Paulinho Calça Frouxa (Cidade Web Rock); Jone Brabo, Eddie Axe, Grisalho - Grupo Matriz; Adilson Pereira, Lariú, Tico Santa Cruz, Victor Ribeiro.

Apoio: Rádio Venenosa FM e Bioleve/Lindoya.

Jô Rocha - GRITO ROCK RIO 2008 - www.fotolog.com/cinnamon_art diz:
opa! coloca o nome do Xan Braz tb, please!